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Homeopatia e Influenza A – H1N1

A homeopatia poderia contribuir na profilaxia e tratamento da Influenza A – H1N1?

Qual a eficácia da vacina da Gripe? E do Tamiflu? Quais são suas reações adversas?

Dr lucas homeopatia

Prof. Dr. Lucas Franco Pacheco – Médico com Título de Especialista em Homeopatia pela AMHB-AMB

O vírus da gripe H1N1 é hoje considerado um vírus comum, assim como os outros vírus da estação. A vacina contra a gripe é de baixa eficácia, existe distorção com exagero dos resultados na divulgação das pesquisas realizadas pelas empresas produtoras e distribuidoras das vacinas contra a gripe. A vacina contra a gripe tem potencial de causar dano, por exemplo, temos registrado na literatura casos de narcolepsia, síndrome de Guillain-Barré e até de morte pós vacinal. O Tamiflu utilizado para tratar alguns casos de paciente com gripe é um medicamento meramente sintomático, pouco eficaz, e causador de diversos efeitos adversos, entre eles náuseas, dores de cabeça, eventos psiquiátricos, problemas renais e hiperglicemia. Existem diversos estudos e pesquisas científicas demonstrando a eficácia do medicamento homeopático para prevenção e tratamento da gripe, inclusive teses de doutorado no Brasil.

Pornoprevenção

O médico espanhol Dr. Juan Guérvas escreveu o capítulo de Prevenção do livro “Tratado de medicina de família e comunidade”, livro referência do Ministério da Saúde do Governo Federal e da Sociedade de Medicina de Família e Comunidade órgão oficial ligado a AMB e CFM. No livro, inicia o capítulo intitulado “Pornoprevenção” com a seguinte frase:

É difícil entender que nem sequer conta-se com uma vacina eficaz contra a gripe. A efetividade da vacina é inferior a 5% quando são descontados os vieses de seleção (são mais sadios, cultos e ricos aqueles que se vacinam contra a gripe, e isso distorce o resultado). Lamentavelmente, além disso, no caso concreto da vacina contra a gripe, há carência de ensaios clínicos que justifiquem sua utilização.

Prof. Dr. Juan Gérvas - professor e pesquisador de Atenção Primária em Saúde e saúde pública.

Dr. Juan Gérvas – professor e pesquisador em Saúde Pública.

Ou seja, segundo os estudos do Dr. Juan Guérvas, reconhecido mundialmente por seus trabalhos, a vacina da gripe é ineficaz, com efetividade de proteção menor do que 5%.

Não há motivos para esta histeria coletiva, afirma Dr. Esper Kallás

O professor de infectologia da USP-SP, Prof. Dr. Esper Kallás, concorda que de 2009 pra cá, a sociedade esta à beira de uma histeria coletiva quando o assunto é gripe H1N1. Prof. Kallás afirma que o vírus da gripe H1N1 já é hoje considerado um vírus comum, junto com os outros vírus da estação, e que os adolescentes, adultos jovens, que tenham vida saudável, sem outras doenças que os acompanham, não precisam se vacinar. Nas palavras do Prof. da USP:

Se você comparar a taxa de proteção que a vacina da gripe (H1N1) com outras vacinas tradicionais, da até vergonha. (…) Segundo alguns estudos de campo, a eficácia da vacina da gripe não passa de 30%.

Professor Kallás afirma também, que por ser uma vacina de vírus morto, a vacina da gripe tem uma indução de defesa relativamente limitada. Prof. Esper afirma em seguida:

É claro que o fabricante (da vacina) vai buscar dentro da informação disponível na bibliografia o que for mais favorável ao seu produto. Sendo mais crítico e pragmático, eu ficaria muito mais com as médias que os especialistas que lidam com proteção de vacinas que não tem vinculação com a empresa produtora e distribuidora da vacina, acho que eles tem dados mais próximos da verdade.

Ou seja, a indústria das vacinas distorce informações e exagera nos resultados para justificar a venda de seu produto.

Assistam à entrevista com o Professor da USP-SP Dr. Esper Kallás:

Em 1976 os EUA viveram surto de gripe suína e a vacina gerou mortes

Em 1976, o então presidente Gerald R. Ford determinou a vacinação em massa da população como forma de evitar a doença, medida que resultou em um fim trágico: uma pessoa morreu pela gripe e ao menos 25 por terem tomado a vacina.
Foram feitos anúncios na televisão pedindo que a população se vacinasse. Segundo o jornal “Los Angeles Times”, foram investidos quase US$ 140 milhões no programa e a vacinação começou em outubro daquele ano, cerca de 40 milhões de pessoas foram vacinadas.
Ao contrário que se imaginava, o vírus não fez com que mais pessoas morressem. Logo surgiram relatos de que cerca de 500 pessoas que tomaram a vacina desenvolveram uma doença chamada síndrome de Guillain-Barré, que causa dores musculares, dificuldade respiratória e pode ser fatal, cerca de 25 delas morreram. Em contrapartida, apenas um dos mais de 200 infectados pela doença morreu. Em dezembro, o programa de vacinação foi suspenso.

Nós não sabíamos com que tipo de vírus estávamos lidando naquele tempo. Ninguém sabia que teríamos a síndrome de Guillain-Barré. A vacina contra a gripe vinha sendo usada há muitos anos sem que nada acontecesse

Afirmou David J. Sencer, então diretor do CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos), ao jornal de Los Angeles. Ele perdeu o emprego devido ao episódio. Pessoas afetadas e seus parentes entraram com ações na Justiça contra o governo dos Estados Unidos. O episódio teve consequências políticas para Ford, que perdeu a disputa pela reeleição para o democrata Jimmy Carter. (Fonte: “The New York Times” e “The Trentonian”).

Narcolepsia – doença do sono incurável

Cerca de 800 crianças europeias desenvolveram narcolepsia – uma doença incurável que causa crises de sono incontroláveis durante o dia – após terem recebido a vacina Pandemrix, contra o vírus da gripe H1N1, produzida pela GlaxoSmithKline.
Países como a Finlândia, a Noruega, a Irlanda e a França também registraram aumento nos casos de narcolepsia em crianças após a implementação da vacina. Por causa disso, a agência reguladora de remédios europeia decidiu restringir o uso da vacina em jovens abaixo dos 20 anos. A OMS diz que 12 países registraram casos de narcolepsia após vacina da gripe. Para o médico Emmanuel Mignot, da Universidade de Stanford (EUA), considerado um dos maiores especialistas em narcolepsia do mundo:

“Não há dúvidas de que a vacina fez aumentar a ocorrência de narcolepsia.”

Dr. Emmanuel Mignot, PhD - Universidade de Stanford, considerado um dos maiores especialistas em narcolepsia do mundo, afirma: "não há dúvidas de que a vacina da gripe fez aumentar a ocorrência de narcolepsia."

Dr. Emmanuel Mignot, PhD – Universidade de Stanford, considerado um dos maiores especialistas em narcolepsia do mundo, afirma: “não há dúvidas de que a vacina da gripe fez aumentar a ocorrência de narcolepsia.”

Mais de 30 milhões de pessoas de 47 países receberam a vacina da Glaxo entre 2009 e 2010. A companhia diz que 795 pessoas foram diagnosticadas com narcolepsia na Europa desde o início do uso da vacina.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina adquirida em 2010 para imunização contra a H1N1 no Brasil não é a Pandemrix e não houve nenhum caso de narcolepsia no país.
Os cientistas ainda estão pesquisando o que, na vacina, pode deflagrar a doença. Alguns sugerem que é o adjuvante, chamado de AS03.
Equipes independentes de pesquisadores já publicaram estudos revisados por outros especialistas na Suécia, na Finlândia e na Islândia. Todos eles mostraram que o risco de narcolepsia aumentou de 7 a 13 vezes entre as crianças que tomaram a vacina, em comparação com as que não tomaram.
O médico especializado em saúde pública Goran Stiernstedt, da Suécia, questiona se valeu a pena imunizar a população – ele ajudou a coordenar a campanha no país.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia de gripe H1N1, de 2009 e 2010, causou 18.500 mortes, embora um estudo publicado no ano passado conclua que o número foi 15 vezes maior.
Stiernstedt estima que a vacinação evitou a morte de 30 a 60 pessoas por gripe. Mas pode ter deflagrado 200 casos de narcolepsia, uma doença incapacitante. Para ele, trata-se de uma “tragédia médica”.

Dr. Goran Stiernstedt - MD, Suécia - a vacina da gripe pode ter deflagrado 200 casos de narcolepsia, uma doença incapacitante. Para ele, trata-se de uma "tragédia médica"

Dr. Goran Stiernstedt – MD, Suécia – a vacina da gripe pode ter deflagrado 200 casos de narcolepsia, uma doença incapacitante. Para ele, trata-se de uma “tragédia médica”

Já o diretor de imunizações do governo britânico, David Salisbury, acredita que, diante de uma pandemia, o risco de morte é bem mais grave que o risco de narcolepsia. Para ele, caso os pesquisadores tivessem dedicado mais tempo às pesquisas com a vacina, muito mais gente teria morrido.

Tamiflu

Segundo uma revisão de 2014 da Cochrane Collaboration, uma rede independente e global de pesquisadores e profissionais de saúde, o medicamento antiviral tamiflu (oseltamivir) não evita a disseminação da gripe e nem reduz as complicações perigosas da doença, apenas ajuda com os sintomas. No combate ao vírus H1N1, o medicamento não seria mais eficaz do que um paracetamol, analgésico popular usado em vários países.
Companhias farmacêuticas não publicam todos os dados de suas pesquisas. O relatório do Cochrane resultou de um grande esforço para conseguir a liberação de dados que não tinham sido divulgados a respeito da eficácia e dos efeitos colaterais do tamiflu.
Segundo o documento, o medicamento reduziu a persistência dos sintomas de gripe de sete dias para 6,3 dias em adultos, e para 5,8 dias em crianças. Mas, os autores do relatório dizem que remédios como o paracetamol poderiam ter um efeito semelhante.
O grupo Cochrane questiona também as alegações de que o tamiflu evitava complicações como o possível desenvolvimento da pneumonia, dizendo que os testes foram precários e que não foi possível detectar um “efeito visível” neste sentido.
Outro argumento usado para defender a estocagem do tamiflu foi o de o remédio diminuía a velocidade com que a doença se espalhava, para dar tempo aos cientistas para o desenvolvimento de uma vacina.
Os autores do relatório afirmaram que “este caso simplesmente não foi provado” e que “não há uma forma confiável de estes medicamentos evitarem uma pandemia”.
A análise também afirmou que o tamiflu tem uma série de efeitos colaterais, incluindo náuseas, dores de cabeça, eventos psiquiátricos, problemas renais e hiperglicemia. Dr. Carl Heneghan, professor de medicina na Universidade de Oxford e um dos autores do relatório afirmou:

Dr. Carl Heneghan - Universidade de Oxford - Diretor do centro de medicina baseada em evidência: O Tamiflu não beneficiou a saúde humana de nenhuma forma e nós podemos ter prejudicado a saúde das pessoas.

Dr. Carl Heneghan – Universidade de Oxford – Diretor do centro de medicina baseada em evidência: O Tamiflu não beneficiou a saúde humana de nenhuma forma e nós podemos ter prejudicado a saúde das pessoas.

“Acho que o total de 500 milhões de libras (investidas pela Grã-Bretanha) não beneficiou a saúde humana de nenhuma forma e nós podemos ter prejudicado as pessoas.”

Dr. Tom Jefferson, epidemiologista clínico e ex-clínico geral afirmou:

“Eu não daria (tamiflu) para alívio de sintomas, daria paracetamol”

Os pesquisadores do grupo Cochrane Collaboration não culparam indivíduos ou organizações em particular e afirmaram que ocorreram falhas em cada passo do processo, desde a fabricação, passando por órgãos reguladores e chegando até o governo.

Tamiflu e efeitos adversos

Dois estudos com crianças britânicas mostraram que mais da metade das que tomaram Tamiflu, o remédio indicado para tratamento da gripe suína, sofreram de efeitos colaterais, como náusea, dores, insônia e até pesadelos. Os estudos foram conduzidos por especialistas da Agência de Proteção de Saúde (HPA, na sigla em inglês) da Grã-Bretanha e publicadas no site da revista científica Eurosurveillance.

Outro estudo do HPA em três escolas de Londres, também publicado no Eurosurveillance, com 103 crianças mostrou que 85 delas tomaram a medicação para se prevenir, depois que um colega de aula foi diagnosticado com a gripe. Uma das escolas chegou a ficar fechada por dez dias. Dos 85, 45 sofreram pelo menos um dos efeitos colaterais. Os mais comuns foram náusea (29%), dores estomacais ou cãibras (20%) e problemas de sono (12%), como insônia e pesadelos. Dezoito por cento sofreram efeitos neuropsiquiátricos, como falta de concentração, sensação de confusão, pesadelos e “comportamentos estranhos”.

O estudo foi conduzido em abril e maio, antes de o governo britânico parar de indicar o Tamiflu para prevenção. Atualmente o remédio é usado apenas para tratamento de pessoas já infectadas ou com suspeita.

Homeopatia

Após minha publicação no site (Clique Aqui para ler o Artigo) do artigo sobre Homeopatia e Dengue, meus pacientes agora têm me feito o seguinte questionamento: qual seria o Gênio Medicamentoso para esta epidemia da Influenza A- H1N1?

Visando facilitar o acesso às informações dentro da Homeopatia Clássica e às pesquisas científicas existentes, além de filtrar o exagerado número de informações com pouca sustentação científica encontradas na internet, resolvi escrever este artigo.

Porém, a Associação Médica Homeopática Brasileira é contrária a auto-medicação sem acompanhamento médico, por este motivo, neste artigo vou demonstrar toda a abordagem homeopática e sua eficácia mas sem orientar na conduta, que deve ser feita sob acompanhamento do seu médico Homeopata.

Influenza

gripe influenza h1n1

Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas.

Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).

A Influenza A – H1N1

Na Influenza A – H1N1, como em qualquer outra gripe, predominam sintomas respiratórios tais como
congestão nasal, coriza, tosse e febre, acompanhados pelos sintomas habituais de sensação de frio, dor de cabeça, dores musculares e articulares, dor de garganta, perda de apetite, fraqueza, e, às vezes, desconforto
gastrointestinal. Ligeiro quadro respiratório, sem febre também tem sido relatado.

Homeopatia nas Epidemias

Na classificação hahnemanniana, a Gripe caracteriza-se como uma doença “dinâmica, aguda e coletiva que ocorre nos indivíduos de uma população que se encontram suscetíveis e com predisposição mórbida”. Esse conceito conduz a uma abordagem terapêutica baseada na escolha de um medicamento que mais se assemelha à doença, ou seja, o chamado “gênio epidêmico da gripe”.

Dr. Samuel Hahnemann em 1799 utilizou Homeopatia no controle de uma epidemia de escarlatina, posteriormente tratou uma epidemia de Tifo tendo conseguido aproximadamente 99% de sucesso nos resultados

Dr. Samuel Hahnemann em 1799 utilizou Homeopatia no controle de uma epidemia de escarlatina, posteriormente tratou uma epidemia de Tifo tendo conseguido aproximadamente 99% de sucesso nos resultados

Na metodologia proposta por Kent, sugere-se a observação de pelo menos 20 pessoas com uma determinada doença, registrando-se todos os sintomas individuais e os relacionando, buscando-se assim a “totalidade sintomática”, ou seja, todas as manifestações sintomáticas individuais representariam o que é comum a todos os pacientes, permitindo-se eleger 7 ou 8 medicamentos que melhor abrangem a “totalidade sintomática”. Tais medicamentos formariam um “grupo de remédios epidêmicos”, que poderiam tratar a maioria dos casos de determinada doença.

Hahnemann, em seu clássico “Organon da Arte de Curar” (§241), descreve que “as epidemias de febre intermitente sob condições em que nenhuma é endêmica, são da natureza das doenças crônicas, compostas de uma única crise aguda; cada epidemia é de caráter peculiar, uniforme, comum a todos os indivíduos atacados, e quando este caráter se encontra na totalidade dos sintomas comuns a todos, leva-nos à descoberta do remédio homeopático adequado para todos os casos, que é quase universalmente utilizável nos pacientes de saúde mediana antes da epidemia […]”.

Dr. Samuel Hahnemann, em 1799 utilizou a belladonna no controle de uma epidemia de escarlatina, posteriormente tratou uma epidemia de Tifo tendo conseguido aproximadamente 99% de sucesso nos resultados. A Homeopatia foi utilizada também nas seguintes epidemias:

  • Epidemia de cólera na Europa (1821-1834);
  • Epidemia de gripe espanhola (1918): Dos 24.000 casos de gripe tratados com remédios alopáticos apresentaram uma taxa de mortalidade de 28,2%, enquanto que nos 26.000 casos de gripe tratados pela Homeopatia, a taxa de mortalidade foi de 1,05%. O remédio mais comumente utilizado foi Gelsemium, seguido de Bryonia e Eupatorium.  Em Connecticut houveram 6.602 casos tratados com homeopatia, com 55 mortes, ou seja, inferior a 1%. Dr. Roberts, trabalhando como médico em um navio de tropas militares, durante a Primeira Guerra Mundial, tratou 81 casos de gripe no caminho para a Europa e relatou: “Todos se recuperaram e desembarcaram. Todos receberam tratamento homeopático. Outro navio perdeu 31 soldados no caminho”.
  • Epidemia de Tifo, Bahia, Brasil (1925-1926);
  • Profilaxia da meningite meningocócica, Guaratinguetá, SP (1974): 18.640 doses, a incidência da doença na cidade ficou entre as menores do Estado de SP, com repercussão internacional.
  • Homeopathy,99:156-166, 2010: Em Cuba verificou-se que a intervenção homeopática permitiu uma diminuição significativa nas taxas de Leptospirose: Potencial hemoprofilático no controle de epidemias.
  • O estudo clínico duplo-cego aleatorizado e controlado por placebo foi conduzido em Honduras. Os 60 pacientes selecionados no estudo, todos com sinais e sintomas de dengue e idade acima de 12 anos, foram alocados de forma aleatória em 2 grupos, um de indivíduos tratados com o composto homeopático (n=29) e outro de indivíduos que receberam um placebo (n=31). No grupo que recebeu o medicamento, o tempo médio de duração de sintomas foi de 2,57 dias para febre e 3,46 dias para a dor (evidência de diminuição do tempo médio de duração dos sintomas).
  • O estudo de Saeed-ul-Hassan et al.32 foi conduzido no Paquistão, incluindo 50 voluntários com sintomas de dengue divididos em 2 grupos. O primeiro grupo recebeu um tratamento homeopático. O segundo grupo recebeu o tratamento de rotina. Os voluntários foram acompanhados por 6 dias, sendo obtidos diariamente valores de contagens de plaquetas, células brancas e hematócrito. A análise estatística utilizou vários testes t de Student para comparações das médias dessas variáveis em cada dia de acompanhamento. Os autores mostraram evidências (expressas em valores p) de que a contagem média de plaquetas no 6º dia de acompanhamento era menor no Grupo Controle e o número médio de células brancas era maior no grupo tratado com a combinação de remédios homeopáticos.
  • Entre os ensaios clínicos comunitários localizados, um deles descreveu a experiência do uso do medicamento homeopático na cidade de São José do Rio Preto, estado de São Paulo, O medicamento foi oferecido a 1.959 moradores de uma área com grande incidência de dengue, sendo constatado que a redução dos sintomas da doença nesta área foi maior que a observada em 4 outras áreas da cidade. Nesse mesmo estudo, foi descrito que 20 mil doses de um complexo homeopático foram oferecidas à população da cidade. Em uma amostra de 524 indivíduos que tomaram o complexo homeopático, 384 (74%) não tiveram manifestações da doença.
  • Macaé, RJ, Brasil. Entre abril e maio de 2007, 156 mil doses de um complexo homeopático foram distribuídas gratuitamente aos moradores. Observou-se que a incidência da doença nos 3 primeiros meses de 2008 teve uma redução de 93% quando comparada ao mesmo período do ano anterior, enquanto no restante do estado do Rio de Janeiro houve um aumento de 128%.

Homeopatia e Influenza

  • Petrópolis, Macaé (RJ) e Campo Grande (RS): Trabalho científico: Homeopatia para tratamento e prevenção da gripe H1N1 (int J High Dil Res, 12:125-126, 2013).
  • A tese de doutorado da Dra. Camila Monteiro Siqueira com o título: “A avaliação de medicamentos homeopáticos para gripe humana por ensaios in vitro, pré-clínico e clínico”, defendida na UFRJ em 2013, obteve os seguintes resultados:

    Os remédios homeopáticos promovem um aumento da capacidade respiratória máxima das células MDCK, aumentam a atividade da enzima citrato sintase e a hidrólise de ATP das células MDCK, induziu maior liberação de citocina TNF-α no sobrenadante de macrófagos J774G8, apresentaram efeito profilático significativo em relação ao placebo contra os sintomas da gripe e da infecção respiratória aguda quando crianças de 1 a 5 anos de idade foram avaliadas.

  • Ferley JP ET al. A controlled evaluation of a homoeopathic preparation in influenza-like syndromes. Br J Clin Pharmac (1989) 27, 329-335. Amostra: 237 pacientes receberam o medicamento contra 241 receberam placebo. Após 48 horas 17,1% recuperados, contra 10,3% no grupo placebo (p=0,03).
  • Papp, R et al. – Oscillococinum in patientes with influenza-like syndromes: a placebo-controlled Double-blind evaluation.  Br. Hom J, Apr 1998, vol 87, 69-76. Amostra: 188 pacientes receberam o medicamento e 184 receberam placebo. Após 48 horas 17,4% dos pacientes sem sintomas, contra 6,6% no grupo controle.

Profilaxia e tratamento: Gênio Epidêmico da Homeopatia contra Influenza – 2016

Classicamente, para o tratamento de casos de Influenza, vários medicamentos podem ser  indicados:

Aconitum napellus, Actea racemosa, Allium cepa, Ammonium phosphoricum, Antimonium tartaricum, Arnica montana, Arsenicum album, Baptisia tinctoria, Belladonna, Bryonia alba, Camphora, Carbo vegetabilis, Carbolic acid, Causticum, Chamomilla, China officinalis, Drosera rotundifolia, Eupatorium perfoliatum , Euphrasia, Ferrum phosphoricum, Gelsemium sempervirens, Glonoinum, Hepatica triloba, Hyosciamus niger, Influenzinum (correspondente à epidemia, Ipecauanha, Lachesis trigonocephalus, Lycopodium clavatum, Mercurius vivus, Natrum sulphuricum, Nux vomica, Opium, Phosphorus, Phytolacca decandra, Pulsatilla , Pyrogenium, Rhus toxicodendron, Sticta pulmonaria, Sepia succus e Sulphur.

Leon Vannier, no livro “Terapeutica Homeopathica”, refere que podem ser descritas três formas clínicas da Influenza:

· Forma nervosa/reumática (Eupat, Gels, Rhus);

· Forma digestiva (Bry, Ars, Bapt);

· Forma respiratória (All-c, Stic-p, Phos).

O mesmo autor, no mesmo livro, recomenda os seguintes medicamentos para o tratamento da Influenza:

Aconitum napellus, Allium cepa, Baptisia, Arsenicum album, BELLADONNA, BRYONIA ALBA, Camphora, EUPATORIUM PERFOLIATUM, GELSEMIUM SEMPREVIRENS, Phosphorus, Rhus tox, Sticta pulmonaris, Sulphur.

Na epidemia de Influenza de 2009, os medicamentos mais indicados foram:

Gelsemium semprevirens, Baptisia tinctoria, Eupatorium perfoliatum, Sabadilla, Arsenicum album, Arsenicum iodide, Dulcamara, Bryonia alba, Phosphorus, Rhus toxicodendron, Allium cepa, Sticta pulmonaris, Ipeca cuana, Veratrum álbum.

Borland, DM, no livro “Influenzas”, recomenda os seguintes medicamentos, por ordem de importância:

Gelsemium semprevirens, Baptisia tinctoria, Eupatorium perfoliatum, Bryonia alba, Rhus toxicodendron, Pulsatilla nigricans, Pyrogenium, Mercurius solubilis.

Outras propostas utilizadas são:

1) Influenzinum (bioterápico)

2) Anas barbarie (bioterápico)

Segundo minha experiência, levando em conta a predominância dos sintomas da atual epidemia de: Febre, mialgia, fadiga, fraqueza, cefaléia, e após realizar a matéria médica comparada, os medicamentos que mais cobrem este quadro atual seria, como medicamento profilático e tratamento, as seguintes opções (na ordem de importância):

1) Bryonia alba
Gripe com início lento, cefaléia pulsante intensa, dores no corpo: todos os sintomas < por qualquer movimento. Secura geral, língua seca, geralmente com um revestimento branco; sangramento nasal. Pneumonia, especialmente do lado D; pleurisia (dor ao respirar e tosse). Quer ir para casa; pode estar confuso e não perceber que está em casa; extremamente irritado, fala de negócios. O principal problema são os brônquios e o trato respiratório inferior; tosse e dor de estômago podem ser os principais sintomas. Dores ósseas, musculares e articulares intensas que > pelo repouso e pela pressão, quer ficar imóvel e tranqüilo na cama; > deitado sobre o lado doloroso e por aplicações frias, e tudo agrava ao menor movimento; > pela pressão e repouso; < por qualquer excitação, ruído, toque, movimento, luz, por comer e tossir; < perto das 15 e das 9 horas. Paciente apresenta febre intermitente, a boca é normalmente seca, com sede intensa de G quantid., de água fria, transpiração azeda ou oleosa, rosto vermelho e quente, mucosas secas. Dor de cabeça violenta que < ao mover os olhos. Sensação de insegurança e medo.

2)  Gelsemium sempervirens
Este remédio corresponde ao início da doença, quando o paciente está fraco, cansado e tem dores pelo corpo; remove rapidamente a fraqueza e as dores musculares. Calafrios constantes, mas o paciente “pega fogo”. A febre é menos aguda do que em Aconitum, mas a tosse é difícil e dolorosa. Ocorrem paroxismos de coriza escoriante, com grande torpor e apatia. Paciente apresenta febre com ausência de sede, que evolui em picos, com calafrios. Sonolência, debilidade e tremores são as características dominantes: intensa fraqueza geral com tremores ao ficar em pé, incapaz de sustentar-se em pé, fraqueza na mandíbula e nas pálpebras, face vermelha escura, cabeça quente com sudorese fria nas mãos e pés, dor acima dos globos oculares, medo que o coração vai parar, vertigens com transtornos visuais, uma pupila dilatada e outra contraída; > por transpiração ou diurese abundante. Paciente embotado durante a febre, sonolento, só responde quando perguntado. Grande ansiedade e inquietude. Se o paciente com gripe está se sentindo embotado, com tonturas, sonolência, pouca sede, sente calafrios, especialmente nas costas. Comparações: Bryonia também tem dores, mas são muito piores por qualquer movimento. Em Gelsemium o paciente não pode se mover devido à fadiga e lassidão, não < pelo movimento. Em Eupatorium o paciente também se sente como se atropelado por um caminhão, mas as dores são mais severas, e são sentidas nos ossos; além disso, o paciente Eupat. está sedento e Gels. não.

3)  Belladona
Gripe com febre alta, rosto vermelho e pupilas dilatadas. Secura e calor ardente, tudo é intenso e concentrado na cabeça. A febre alta vem de repente, muitas vezes como resultado de mudança de temperatura (esfriando-se ou aquecendo-se, lavando o cabelo). Rubor facial, dor de garganta, olhos fixos e pupilas dilatadas; língua vermelho-brilhante, garganta vermelha com placas brancas nas amígdalas, com constrição na tentativa de engolir. Eliminação de comida e bebida pelo nariz e boca, por espasmo. Pode haver confusão mental, delírio ou alucinações vívidas. Repuxamentos e contrações. Os sintomas tendem a afetar o lado D do corpo. Desejo de limão ou limonada. Agravamento geral às 3 horas; > de pé, sentado ereto, em sala quente; < por qualquer ruído, luz, movimento, deitado, à noite. Paciente apresenta início abrupto dos sintomas, febre alta com sede intensa de líquidos gelados, midríase, mãos e pés frios durante a febre, tonturas, face muito vermelha, pulsação das artérias, pele úmida e quente que irradia calor à distância. Dores ósseas com extrema prostração e fraqueza. Dor retro-orbitátia e cefaléia intensa. Grande abatimento do enfermo. Fotofobia. Delírios e ilusões durante a febre, pensamentos de suicídio.

Se você desejar utilizar a medicação homeopática para gripe, procure um médico homeopata. É necessário supervisão e acompanhamento. O medicamento homeopático necessita de prescrição médica. O medicamento homeopático não substituiu as outras formas convencionais de profilaxia.

Portanto, é necessário se precaver da prevenção inapropriada, em alguns casos o excesso de zelo pode causar danos à saúde. A vacina contra a gripe tem baixa eficácia, o vírus da gripe H1N1 é hoje considerado um vírus comum, a vacina da gripe pode comprovadamente causar danos. O Tamiflu vendido como medicamento para tratar a gripe, na verdade não passa de um medicamento meramente sintomático, e com diversos efeitos adversos. A homeopatia, pela sua eficácia, comprovação científica, ausência de efeitos adversos, e de baixo custo, surge como uma opção para prevenção e tratamento da Gripe.

Autor: Prof. Dr. Lucas Franco Pacheco, Médico com título de especialista em Homeopatia pela AMHB-AMB.

site: www.doutorlucashomeopatia.com.br