Ministério da Saúde inclui 10 novas Práticas Integrativas no SUS
A Atenção Primária à Saúde – APS – está em processo de expansão das Práticas Integrativas e Complementares – PIC’s
Estamos numa janela intervalar entre dois paradigmas: a cultura da medicina centrada na doença esta dando lugar à prática médica centrada na pessoa, com ênfase na prevenção e promoção de saúde, com abordagem integral do sujeito, retorno da Humanização do cuidado e uma verdadeira expansão das Práticas Integrativas e Complementares da Saúde.
O amor não se compra na farmácia, se encontra no abraço, no cuidar com carinho e no amor ao próximo.
Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) terão acesso à 10 novas Práticas Integrativas e Complementares (PICS). Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão. São elas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Com as novas atividades, ao todo, o SUS passa a ofertar 29 procedimentos à população.
“O Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS. Com isso, somos o país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Essas práticas são investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes. Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde em vez de cuidar apenas de quem fica doente” ressaltou o ministro Ricardo Barros.
A inclusão foi anunciada nesta segunda-feira (12) de março de 2018, no Rio de Janeiro (RJ), durante a abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública (INTERCONGREPICS).Além das 10 novas inclusões, também será publicada uma portaria que definirá as diretrizes e modo de implantação dos procedimentos termalismo/crenoterapia e medicina antroposófica, que já eram oferecidas no SUS de forma experimental.
Início da PNPIC em 2006
Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) eram ofertados apenas cinco procedimentos. Após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando as 19 práticas disponíveis atualmente à população: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.
As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares. Somando as atividades coletivas, a estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no SUS.
Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas. No ano passado foram capacitados mais de 30 mil profissionais.
Brasil é referência internacional em Práticas Integrativas e Complementares
O Brasil é referência na área e para tratar desse assunto, o Ministério da Saúde está promovendo, entre os dias 12 e 15 de março, o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública (INTERCONGREPICS), e o 3º Congresso Internacional de Ayurveda.
O encontro está promovendo debates com pesquisadores internacionais e do Brasil, e troca de experiências entre os profissionais, gestores e pesquisadores das diversas práticas integrativas. Estão sendo apresentados durante o evento mais de 900 trabalhos científicos e relatos de experiências no SUS, de todas as regiões do país e de outros países também.
Durante a abertura do congresso, nesta segunda-feira (12), foi lançado um glossário temático de práticas integrativas. O manual reúne os principais vocábulos utilizados na linguagem do campo de atuação dessa área técnica. Entre os objetivos estão fornecer referências para a compreensão de termos e conceitos, além de proporcionar a exatidão conceitual e definir a atuação de cada termo em seus diferentes contextos institucionais.
One comment
Que maravilha!
Isso é ótimo! Fará uma grande diferença no tratamento de doenças existentes e prevenção também. Parabéns por esta conquista!