Recente estudo científico duplo-cego controlado por placebo em cães com insuficiência cardíaca em fase inicial comparou três  intervenções: 1) tintura mãe de Crataegus 2) preparação homeopática 6 cH 3) placebo.

A preparação homeopática 6cH foi considerada mais rápida e eficaz do que a tintura mãe para ajudar a reduzir a pressão arterial e melhorar o desempenho ventricular. 
Ambos preparativos de Crataegus foram mais eficazes do que placebo.

A seguir o Resumo do artigo: 

A doença valvular mitral mixomatosa (MMVD) é a cardiopatia mais comum em cães de meia-idade. Quando o cão é assintomático e tem o átrio esquerdo aumentado, o tratamento é benéfico; entretanto, alguns medicamentos alopáticos são muito caros e podem produzir efeitos colaterais. Para estender a duração dessa fase assintomática, terapias complementares, como fitoterapia e homeopatia, estão disponíveis. Embora a fitoterapia com extrato de Crataegus oxyacantha seja benéfica, existe o risco de reações adversas – ao contrário da homeopatia, onde o risco é minimizado com a administração de doses ultra-diluídas.
Objetivo Este estudo avaliou a eficácia do Crataegus oxyacantha, como tintura-mãe (MT) e na formulação homeopática de 6 cH, no tratamento da fase inicial da insuficiência cardíaca por MMVD em um ambiente de clínica veterinária.
Métodos Um total de 30 cães com MMVD, 7 anos ou mais e pesando até 10 kg, foram randomizados em três grupos: Crataegus 6 cH, Crataegus MT e solução hidroalcoólica (placebo). Os animais foram avaliados por meio de parâmetros ecocardiográficos, exames laboratoriais de sangue e medidas de pressão arterial sistólica (PAS) aos 30, 60, 90 e 120 dias após o início da terapia, para análise estatística e acompanhamento do estudo cego.
Resultados Pacientes que receberam Crataegus 6 cH apresentaram redução da PAS 60 dias após o tratamento, enquanto aqueles que receberam Crataegus MT apresentaram redução 90 dias após o início da terapia. Houve uma regressão linear significativa ao avaliar o efeito do tratamento com Crataegus 6 cH nas medidas da PAS ao longo dos intervalos de avaliação (equação linear: PAS 1⁄4 176,57 mm Hg – 0,21x, onde x representa os dias de tratamento). Houve um aumento tanto no encurtamento fracionário quanto no tempo de relaxamento isovolumétrico para os pacientes que receberam a formulação homeopática.

Conclusões A terapia com Crataegus foi benéfica para cães hipertensos e cardiopatas com MMVD, estendendo a duração da fase assintomática. A redução na PAS ocorreu mais rapidamente no grupo de 6 cH do que nos cães tratados com MT.

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FONTE: Balbueno MCS, Peixoto KDC, Coelho CP. Evaluation of the Efficacy of Crataegus oxyacantha in Dogs with Early-Stage Heart Failure. Homeopathy. Jul 17 2020.

Prof. Dr. Lucas Franco Pacheco – Médico especialista em Homeopatia pela AMHB – AMB, Professor da Faculdade de Medicina de Pouso Alegre – UNIVAS.
Diretor da Associação Paulista de Homeopatia – APH – triênio 2018-2020.