Mulheres que tomam pílula anticoncepcional tem uma região cerebral 6% menor
Segundo a Organização da Nações Unidas (ONU), cerca de 150 milhões de mulheres que fazem uso de contraceptivos orais em todo o mundo.
O hipotálamo, região do cérebro responsável por produzir hormônios e ajudar a regular algumas funções como a temperatura interna do corpo, humor, apetite, desejo sexual, ciclos de sono e até a frequência cardíaca — pode ser reduzida cerca de 6% em mulheres adeptas desse método contraceptivo.
Os efeitos negativos que a pílula provoca no cérebro se deve ainda a relação dos hormônios sexuais, como o estrogênio, que possuem forte poder de influência no sistema nervoso das mulheres.
Pesquisadores do Montefiore Medical Center, em Nova York, examinaram o cérebro de 50 mulheres para esta pesquisa.
Eles viram uma “diferença dramática” no tamanho do hipotálamo em mulheres que tomavam pílulas anticoncepcionais.
Mas eles disseram que o desempenho ou comportamento cognitivo não mudou – apesar da região do cérebro ser cerca de seis por cento menor.
No entanto, outras evidências preliminares da mesma equipe encontraram uma ligação entre o tamanho menor e os sintomas de raiva e depressão.
A pesquisa será apresentada na reunião anual da Radiological Society of North America.
O principal autor do estudo, Michael Lipton, disse:
“Faltam pesquisas sobre os efeitos dos contraceptivos orais nessa parte pequena, porém essencial, do cérebro humano vivo”.
Ele acrescentou que sua equipe pode confirmar “pela primeira vez” que o uso da pílula está associado a um “menor volume hipotalâmico”.
O estudo recrutou 50 mulheres saudáveis, incluindo 21 tomando contraceptivos orais e que nunca tiveram lesão cerebral ou doença mental. Todos foram submetidos a ressonância magnética cerebral.
O hipotálamo em mulheres Que utilizaram pílula anticoncepcional era cerca de seis por cento menor que o de outras mulheres, relata .
“Encontramos uma diferença dramática no tamanho das estruturas cerebrais entre as mulheres que tomavam contraceptivos orais e as que não tomavam”, disse Lipton.
O cientista afirmou: “Gosto de dizer às pessoas que, para todas as partes do corpo, o tamanho é mais importante no cérebro”.
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